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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

“Arousal” e performance

Quase todas estas teorias utilizaram na construção dos seus modelos interpretativos um conceito importante designado por “arousal”, que é uma noção fundamental na compreensão da relação entre a Ansiedade e Performance .
O “arousal” traduz-se pela ativação do organismo, o que para alguns autores é, também, designado como “síndrome de ativação geral”, que ocorre quando o indivíduo tem de responder a determinada situação
Nideffer (1976) verificou que a atenção estava estreitamente relacionada com o nível de ansiedade e considerou que o aumento desta e do “arousal” que a acompanha limita a capacidade de passar de um estilo de atenção para outro e é diretamente responsável pela direção da atenção.
Smith (1983) considera ainda que as diferenças individuais podem ser decisivas na maneira como o “arousal” influencia os estilos de atenção.
Albernethy (1993) considera que um grande número de fatores pode influenciar o estado de ativação (“arousal”) ótimo, como a natureza, duração e complexidade da tarefa, a motivação e as características pessoais do atleta. Desportos que requerem precisão e recrutamento de “skills” especiais evidenciam melhores desempenhos quando sob baixos níveis de “arousal”, enquanto atividades que requerem o recrutamento simultâneo de toda a massa muscular necessitam de um nível de “arousal” elevado para que a performance seja boa. Este autor considera, também, que as diferenças individuais no traço de ansiedade também são conhecidas por influenciarem o nível de “arousal” ótimo para a performance.
Qualquer novo estímulo é gerador de uma reação de alarme e de adaptação (que se manifesta por um aumento de arousal). A ativação inerente ao “arousal” e dependendo da sua intensidade, vai afetar a atenção através de ordens emanadas do sistema vegetativo aos vários receptores aferentes que canalizam as informações para os centros de processamento perceptivo e associativo. Se a resposta é compatível, o sistema continua equilibrado; se a resposta não é compatível ou existem várias alternativas, gera-se uma “síndrome de alarme”, que provoca um aumento de ansiedade e, conseqüentemente, do nível de “arousal”. Esse fato que pode causar rupturas no sistema, em detrimento do papel da atenção que, por sua vez, pode fornecer dados aferentes irrelevantes para o processamento da informação, dificultar o trabalho mental de percepção e o tratamento da informação, o que, em última análise, pode resultar na incapacidade de programar uma resposta correta.

Bibliografia
Albernethy, B. (1993). Attention. In Robert N. Singer, Milledge Murphey e L.Keith Tennant (Eds.), Handbook of Research Sport Psychology (pp. 127-170). New York: Mc Millan Publishing Company.
Nideffer, R.M. (1976). Test of Attentional and Interpersonal Style. Journal of Personality and Social Psychology, 34(3), 394-404.
Smith, R.E. (1983). Competition Anxiety in youth sport: Differences according, age, sex, race, and playing status. Perceptual and Motor Skills, 57, 1235-
1238.
Eliane Jany Barbanti

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